Open Banking e Open Finance: o Futuro dos Serviços Financeiros no Brasil
Entenda o que são, como funcionam, os benefícios e impactos do Open Banking e Open Finance no setor financeiro.

Nos últimos anos, o mercado financeiro brasileiro tem passado por uma transformação profundamente estruturante.
Essa mudança tem nome: Open Finance.
E sua origem está no Open Banking, modelo de compartilhamento inteligente e seguro de dados que começou a ganhar força no Reino Unido e, desde então, vem se consolidando como um novo paradigma global.
No Brasil, onde o sistema bancário sempre foi altamente concentrado, a introdução do Open Banking e sua evolução para o Open Finance têm potencial disruptivo ao democratizar o acesso a produtos financeiros, reduzir assimetrias e empoderar o consumidor com controle sobre seus próprios dados.
Estamos falando de uma infraestrutura baseada em “dados abertos”, que coloca a informação financeira nas mãos dos clientes e abre espaço para uma nova era de personalização, eficiência e competição saudável entre players do setor.
Segundo o
Banco Central do Brasil, essa mudança está no centro da agenda regulatória e de inovação do país.
E mais do que uma tendência, trata-se de uma revolução silenciosa com impactos profundos em crédito, investimentos, seguros e meios de pagamento, inclusive via canais como o WhatsApp.
Para empresas como Bancos, Fintechs e plataformas de tecnologia, integrar-se a esse ecossistema não é mais uma escolha, mas uma exigência competitiva.
E é aqui que surgem soluções como os Agentes de IA da O2OBOTS, que conectam inteligência artificial e dados em tempo real para maximizar resultados de serviços financeiros no novo cenário digital.
O que é Open Banking e como ele funciona
O conceito de
Open Banking surgiu oficialmente no Reino Unido, em 2018, como uma medida regulatória para enfrentar o domínio dos grandes Bancos e estimular a concorrência.
A proposta central era permitir que os consumidores compartilhassem seus dados financeiros com outras instituições, de forma segura e com consentimento explícito, viabilizando o acesso a ofertas mais vantajosas e personalizadas de produtos e serviços.
O modelo se espalhou rapidamente pela Europa e pelo mundo.
O Brasil foi um dos primeiros países fora do eixo anglo-europeu a abraçar a ideia com entusiasmo.
Já em 2019, o Banco Central iniciou o desenvolvimento da estrutura regulatória brasileira de Open Banking, com base em quatro pilares: segurança, padronização, transparência e eficiência.
Segundo o próprio BC,
a implantação nacional foi inspirada no modelo britânico, mas adaptada às especificidades do mercado local, como o alto índice de bancarização digital e a concentração bancária.
Um diferencial importante é que o
Open Banking brasileiro foi desenhado desde o início com a ambição de se expandir para o Open Finance, um modelo mais amplo englobando não apenas dados bancários, mas todo o ecossistema financeiro.
Como funcionam as APIs e o compartilhamento de dados
No centro do Open Banking estão as APIs (Application Programming Interfaces), que são interfaces padronizadas que permitem a comunicação segura e automatizada entre sistemas distintos.
Elas atuam como
pontes digitais entre Bancos, Fintechs, seguradoras, plataformas de investimento e qualquer outro player autorizado, viabilizando a troca de informações de forma ágil, segura e transparente.
Com o consentimento do cliente, essas APIs permitem que informações como histórico de transações, perfil de crédito, dados cadastrais e até hábitos de consumo sejam compartilhadas entre instituições.
Essa estrutura permite, por exemplo, que um usuário visualize todas as suas contas bancárias em um único aplicativo, receba propostas de crédito mais competitivas ou contrate um produto financeiro sem precisar reenviar seus dados a cada nova instituição.
Esse ambiente de integração técnica e interoperabilidade segura foi estruturado no Brasil de forma gradual.
As quatro fases do Open Banking no Brasil
Conforme o
material técnico oficial do Banco Central, o Open Banking brasileiro foi implementado em quatro fases progressivas:
- Fase 1 (fevereiro de 2021): Compartilhamento padronizado de informações públicas sobre produtos e serviços bancários, como taxas, tarifas, canais e prazos.
- Fase 2 (agosto de 2021): Compartilhamento de dados cadastrais e transacionais dos clientes, como saldo, extrato e histórico de crédito, mediante consentimento expresso.
- Fase 3 (outubro de 2021): Iniciação de pagamentos — instituições terceiras passaram a poder iniciar transferências diretamente, sem que o cliente precise acessar o aplicativo do banco de origem.
- Fase 4 (dezembro de 2021 em diante): Expansão para o Open Finance, ampliando o escopo para incluir informações sobre investimentos, seguros, câmbio, previdência e outros produtos financeiros.
Cada fase não apenas aumentou o escopo de dados acessíveis, como também elevou a complexidade técnica e o potencial de inovação de todo o ecossistema.

Evolução para Open Finance: o próximo passo
Como vimos, o Open Finance representa a consolidação de um novo modelo financeiro, no qual dados relevantes, com o devido consentimento do cliente, podem ser compartilhados, processados e transformados em valor.
Essa ampliação vai além do setor bancário, incluindo informações sobre investimentos, seguros, previdência, câmbio, consórcios e outros produtos financeiros.
Isso amplia significativamente o escopo de atuação de empresas e o poder de escolha dos consumidores.
E segundo o relatório da
Cambridge Judge Business School, o Brasil se tornou um dos países com maior potencial de maturidade em Open Finance, ao lado do Reino Unido e Austrália.
Dito isso, quais são os impactos para consumidores e empresas?
Os consumidores se beneficiam com os seguintes pontos:
- Maior controle sobre seus dados financeiros;
- Acesso a produtos mais personalizados, com melhores taxas e condições;
- Facilidade de migração entre instituições, com portabilidade de dados e históricos.
Para as empresas, os benefícios são ainda mais estratégicos:
- Redução do tempo de onboarding e análise de crédito;
- Criação de produtos e ofertas baseadas em dados reais, e não apenas em suposições;
- Aumento da eficiência operacional, com automação de processos e decisões mais precisas.
À medida que o
Open Finance ganha corpo no Brasil, soluções baseadas em dados e integração em tempo real deixam de ser tendência e se tornam realidade.
Um exemplo claro dessa evolução é o
PIX Cobrança, que combina agilidade de pagamento com jornadas mais inteligentes e personalizadas.
PIX Cobrança: o próximo salto na personalização e eficiência
Dentro da evolução do Open Finance no Brasil, o PIX Cobrança se posiciona como uma das ferramentas mais promissoras para modernizar a relação entre empresas e consumidores.
Trata-se de uma funcionalidade que permite o envio de cobranças com vencimento, juros e descontos por meio do sistema de pagamentos instantâneos, o PIX.
Ao ser integrado com canais de comunicação como o WhatsApp, o PIX Cobrança oferece uma experiência fluida e sem fricção para o cliente, que pode pagar uma fatura diretamente por uma mensagem com um clique!
Esse recurso vem sendo adotado por empresas que desejam:
- Automatizar a régua de cobrança;
- Aumentar a taxa de conversão de boletos;
- Melhorar a experiência do cliente com pagamentos em tempo real, sem necessidade de apps bancários ou código de barras.
De acordo com dados recentes do Banco Central, o Pix movimentou R$ 26,4 trilhões em 2024, com mais de 63,5 bilhões de transações realizadas ao longo do ano, um crescimento de 54% em relação a 2023.
Esse avanço consolida o Pix como o principal meio de pagamento do país, e o PIX Cobrança tende a ganhar protagonismo com a expansão do Open Finance, ao oferecer ainda mais agilidade e eficiência para empresas e consumidores.
Mas para que soluções como o PIX Cobrança funcionem de forma integrada a diferentes plataformas, sistemas bancários e canais como o WhatsApp, é indispensável uma base sólida de conectividade entre instituições.
É aí que entra um dos pilares técnicos mais importantes do Open Finance: a interoperabilidade.
A interoperabilidade como pilar do ecossistema
A interoperabilidade entre instituições, ou seja, a capacidade de sistemas distintos se comunicarem de forma transparente e segura, é o que torna o Open Finance viável.
Ela garante que dados fluam com agilidade
entre Bancos, Fintechs, Seguradoras, plataformas de investimento e soluções de tecnologia, mesmo que usem infraestruturas diferentes.
Esse é um desafio técnico e regulatório de grande complexidade, mas também uma enorme oportunidade para ampliar a inovação e a inclusão financeira.
O CGAP destaca que a experiência do Brasil com Open Finance pode servir de referência global para inclusão financeira, desde que os mecanismos de interoperabilidade continuem evoluindo.
Com essa infraestrutura técnica e regulatória consolidada, o Open Finance começa a mostrar resultados tangíveis em todo o setor.
Os efeitos já são percebidos tanto na competitividade do mercado quanto na experiência do consumidor.
A seguir, detalhamos os principais benefícios e impactos dessa transformação.

Benefícios e impactos do Open Banking e Open Finance para empresas e consumidores
A abertura de dados financeiros é uma medida técnica e, ao mesmo tempo, uma mudança estrutural profunda na lógica de funcionamento do sistema financeiro.
Segundo o Banco Central, o Open Finance está longe de ser apenas uma modernização tecnológica.
Trata-se de uma reconfiguração da relação entre instituições, consumidores e dados, com impactos diretos na forma como produtos e serviços financeiros são desenvolvidos, ofertados e consumidos.
Entre os principais impactos já identificados pelo órgão regulador, destacam-se quatro pilares centrais dessa transformação.
A seguir, exploramos cada um deles:
- Aumento da concorrência
Com o acesso descentralizado aos dados dos clientes, instituições menores e fintechs ganham competitividade real, podendo disputar espaço com os grandes bancos, que antes detinham o monopólio dessas informações. - Redução das assimetrias de informação
Ao permitir que os dados financeiros circulem com o consentimento do usuário, o Open Finance nivela o campo competitivo, tornando o relacionamento entre empresas e consumidores mais transparente, eficiente e personalizado. - Estímulo à inovação
A nova arquitetura de dados abertos cria um ambiente fértil para o desenvolvimento de produtos financeiros mais relevantes, personalizados, acessíveis e integrados ao cotidiano dos usuários. - Ampliação da inclusão financeira
Com mais dados disponíveis, mesmo clientes com histórico bancário limitado (como autônomos e informais) passam a ter acesso a crédito e serviços antes inacessíveis, abrindo uma nova fronteira de bancarização e desenvolvimento econômico.
Embedded Finance: o futuro da experiência financeira
A lógica do Open Finance viabiliza uma das maiores tendências globais: o Embedded Finance, que é a integração de serviços financeiros em plataformas não financeiras.
Imagine contratar um seguro dentro do aplicativo da sua operadora de telefonia, ou solicitar um empréstimo diretamente em um marketplace.
Essa integração torna os serviços mais acessíveis, contextualizados e fluidos, sem exigir que o consumidor mude de ambiente digital.
Essa tendência está criando novos modelos de negócio,
ampliando o alcance dos serviços financeiros em nichos antes desatendidos e aproximando empresas de tecnologia do setor bancário.
Oportunidades para Fintechs e plataformas
Para as Fintechs e empresas de tecnologia, o Open Finance é a maior avenida de crescimento desde o surgimento do mobile banking.
Ao acessarem dados previamente concentrados nos grandes Bancos, essas empresas podem desenvolver produtos altamente personalizados, automatizar jornadas de aquisição e atendimento e operar com eficiência e escalabilidade sem precedentes.
O2OBOTS e o futuro dos serviços financeiros digitais
O Open Finance não é mais uma promessa distante.
Ele já está moldando um novo mercado, onde os dados são o principal ativo competitivo e a personalização é o novo padrão.
Para Fintechs, Bancos e empresas de tecnologia, esse movimento representa mais do que uma oportunidade.
É uma transformação estrutural que exige ação imediata, capacidade de adaptação e os parceiros certos ao lado.
É exatamente nesse ponto que a O2OBOTS se posiciona como aliada estratégica.
A O2OBOTS é uma plataforma de Agentes de IA focada em acelerar o crescimento de receita no setor financeiro.
Com ela, Bancos, Fintechs e empresas de serviços financeiros conseguem automatizar processos, personalizar interações em tempo real e aumentar a conversão com inteligência.
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